Instagram
Durante um ano e meio, fui a voz da comunidade de 60 mil pessoas do MECA. Idealizei e produzi com a ajuda da equipe de conteúdo mais cintilante que já tive o prazer de fazer parte – com Bruck Nogueira, Felipe Seffrin, Kim Olivier e Dimas Henkes – cerca de catorze a vinte e um posts semanais em dias normais para o Instagram da plataforma e – em tempos de cobertura real time de eventos e festivais – cerca de 70 a 150 posts diários. Os conteúdos eram, em sua maioria, sobre cultura, música, artes plásticas, comportamento, estilo de vida, microempreendedorismo, beleza, astrologia, gastronomia, sustentabilidade e causas sociais.
Também contribui semanalmente para postagens nos Stories do MECA. Em dias de evento, criei pautas curtinhas e criativas para serem feitas pré e pós apresentações. A seção 3 Perguntas Para, E se, e Quando engajavam e davam um gostinho de quero mais pela agilidade e criatividade das indagações.
Uma das seções que mais me orgulho de ter colocado no ar, em parceria com a minha dupla criativa Bruck Nogueira, foi o InspireSe, que foi ao ar, toda segunda-feira, celebrando o trabalho visual de uma ou um artista brasileiro e gringo que a gente admirava. Em média, a gente alcançava de 11 a 22,2 mil pessoas com o carrossel seguido de um texto de cunho inspiracional pra gente levar a semana no maior gás. Um dos nossos recordes de compartilhamento foi o do projeto sincerão Batata Company, com 667 compartilhamentos do nosso Feed nos Stories e o alcance de 22,2 mil contas.
Antes da pausa da plataforma que ficará offline até setembro deste ano, produzir conteúdo relevante e – ao mesmo tempo – comprometido com a realidade dos tempos bicudos e com as mudanças que queremos que estejam no Novo Mundo, sem perder a ternura jamais, foi um dos meus maiores desafios de escrever e projetar em rede. E a mais longa das funções foi reunir os blocos de Carnaval mais charmosos de Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, embora tenham sido ótimos guias para a folia no ano de 2019 e nos rendido muitos compartilhamentos também. O solar Especial Verão também foi um sucesso pois trazia dicas inúmeras para a gente curtir a estação mais carinhosa do ano.
A seção 4 Links Para Iluminar a Sua Sexta-feira para fechar a semana tinha o propósito reunir boas notícias ou vibes necessárias para a gente seguir em frente nesse turbilhão de más notícias, além de plantar reflexões importantes nas semanas das pessoas que nos acompanhavam. Ela ia ao ar toda sexta-feira e substituía os Rolês do Findi – que em tempos outros que não fossem o de isolamento social se podia sair de casa e se aglomerar por aí.
A cobertura de eventos offline como festivais era, de fato, a minha função favorita de desempenhar durante meus dois anos na plataforma, o que nos elevou à posição de referência em festivais brasileiros pela agilidade e criatividade. Legendas curtas eram preparadas anteriormente para serem acrescentadas de informações quentes durante os eventos, outras tantas de vibes – fossem sobre os cenários improváveis para os festivais realizados majoritariamente dentro de museus e expressões de gente curtindo muito – eram preparadas previamente e na hora, além de branded content para as marcas que apoiavam ou patrocinavam os eventos. Estabelecemos processos e metodologias de cobertura que foram refinadas em oito festivais que estive presente. Que saudade de ir a um festival, né, minha filha?
Outra seção que tive o imenso orgulho de colocar no ar foi a Vozes de Brumadinho. Depois do rompimento da barragem de Córrego Feijão na cidade mineira, muito se refletiu sobre a existência do maior festival da plataforma, o MECAInhotim, que ocorre anualmente no Instituto Inhotim. Foi ouvindo alguns dos moradores da cidade que decidimos sobre estarmos lá presentes para fazer a engrenagem de outras esferas econômicas girarem para além da sua maior ligada à atividade mineradora – uma das mais violentas da história da humanidade por assim dizer. No dia do rompimento da barragem da Vale, eu e Felipe Seffrin éramos os dois únicos jornalistas no time de conteúdo da plataforma. No dia 25 de janeiro de 2019, o mar de lama levou embora 270 pessoas, muitas delas que trabalhavam na própria empresa.
Contemplaram a seção com declarações que me emocionaram e me arrepiam até hoje, o querido Paulo Fonseca, engenheiro mecatrônico que acompanhou desde a primeira edição do festival, o articulador social e advogado em formação Gabriel Vilaça; entre outras pessoas iluminadas que cruzaram o meu caminho. Destaco aqui também algumas das listinhas de indicações mais incríveis que tive o prazer de redigir para celebrar o trabalho do guia turístico especializado em Inhotim, Junio César. Esses três príncipes se tornaram meus amigos do peito e acredito que esse foi um dos trabalhos mais importantes para a consolidação da rede do MECA como agente atuante e responsável no meio de todo aquele turbilhão.
Reativei o perfil do MECA no Twitter pouquíssimos dias antes do cancelamento de uma atração de um dos nossos festivais, então pude aprender e gerenciar um tanto sobre situações adversas em redes sociais por conta dos percalços enfrentados a nível de produção.
Gerir uma crise é sempre uma tarefa desafiadora, ainda mais no site do pássaro. Gosto da rede, porque além de ser onde essas imagens e vídeos que esboçam sorriso até nos mais rígidos dos lábios, os memes, é uma das únicas que ainda se pode acompanhar em tempo real o que está acontecendo no Brasil e no mundo, mesmo que o tribunal da internet pareça ser mais odioso por lá.
Em média, produzia de 238 a 70 tweets mensais. Nossos meses de maior audiência foram os de abril e de maio de 2019, com 241 e 126 mil impressões, respectivamente. Acredito que o meu fio ou thread favorito foi quando anunciamos a participação da Pitty na edição de 2019 do MECAInhotim, completamente equalizadas com os fãs da cantora, compositora e rockstar baiana que tive o prazer de conhecer. A régua sempre foi o humor por lá e talvez seja por isso que eu gostava tanto de interagir com os três mil seguidores da conta.