Durante dois anos, atuei com muito amor como repórter do MECAJournal, braço físico da plataforma de cultura, conhecimento e criatividade MECA – distribuído gratuitamente em inúmeras capitais brasileiras. Aqui, destaco os trabalhos que mais me orgulho:
Na edição #22, de junho e julho de 2018, entrevistei a Débora Falabella, minha xará, sobre o longa-metragem "O Beijo no Asfalto" (2017), inspirado no legado imortal de Nelson Rodrigues – que já falava sobre fake news em 1960; sobre autoconfiança, casar os afetos e projetos com Murilo Benício e muito mais. Ainda nesta edição, escrevi sobre os "aumentalistas", que enxergam a tecnologia sob as lentes do otimismo na seção MECA X WGSN que trazia luz às macro e micro tendências culturais e sociais percebidas e reunidas pela consultoria. Contribui para o texto de cobertura sobre a edição de 2018 do festival MECAInhotim, que trouxe Elza Soares, Cordel do Fogo Encantado, Alice Caymmi, Rubel, Letrux, Iconili e Pabllo Vittar para o Instituto Inhotim, em Brumadinho. A agenda cultural de São Paulo e Brasil também foi pautada e escrita por mim. A rota sobre galerias híbridas na capital paulista também foi traçada por meus pés e palavras.
Já na edição #23 de setembro de 2018, além das agendas culturais de São Paulo, do Brasil e de alguns outros países na seção Around The World, escrevi sobre o Instituto Update, uma organização que estuda e fomenta a inovação política na América Latina e a seção assinada junto com a consultoria de tendências WGSN sobre os "localtivistas", sobre a potência de consumir local e conscientemente como ato revolucionário.
Na edição #24, de outubro de 2018, escrevi a agenda cultural de São Paulo, a seção Around The World e a rota que reúne 8 lugares para exercitar a inteligência emocional na capital paulista pela ótica da psique urbana.
Na edição #25, de novembro de 2018, a reportagem que escrevi celebra e reafirma a importância da consciência negra nos acompanhar em qualquer época do ano. Foram porta-vozes das reflexões: Adilson Almeida da Associação Cultural Quilombo do Camorim (Acuca), no Rio de Janeiro; Makota Kidoiale do Kilombo Manzo Ngunzo Kaiango, em Minas Gerais; Wanessa Sabbath da Casa Amarela Quilombo Afroguarany e Erica Malunguinho, da Aparelha Luzia, ambas em São Paulo; Mestre Luizinho Negão do Centro Cultural Mata Inteira na Bahia, Rosimeire dos Santos da comunidade quilombola Rio dos Macacos, ambos na Bahia e Antônio Cosme Lima da Silva. Todas e todos líderes quilombolas e do movimento negro antirracista que luta pela preservação da ancestralidade e da projeção do corpo negro num futuro possível social, econômico, cultural e politicamente. Além da agenda cultural do Brasil, escrevi a rota que reuniu 8 lugares para valorizar a cultura afro-brasileira em São Paulo.
Na edição #26, os destaques são as previsões astrais para começo de 2019 e a entrevista com a divina & maravilhosa Gal Costa, além da seção Lugares Que Amamos, e a rota para iniciar ciclos na cidade cinza.
Fazer a edição #27 do MECAJournal, que compreende a nossa produção entre os meses de julho, agosto e setembro de 2019, representa um dos momentos mais especiais dessa minha breve jornada profissional até aqui. As páginas impressas em papel pólen trazem duas entrevistas brilhantes feitas por mim, uma com a cantora e compositora paulistana MC Tha e outra com o repórter multimídia americano Walter Thompson-Hernández, do The New York Times. Ainda assino uma reportagem com Anápuáka Tupinambá, fundador da Rádio Yandê e do YBY Festival – o primeiro de música contemporânea indígena no Brasil; os Lugares Que Amamos no Brasil e no mundo e uma rota especial dedicada à carinhosa e próspera Brumadinho (MG).
Já na edição #28, tive o prazer de estender a cobertura online para a versão física de dois dos festivais mais incríveis que já fiz parte: o MECABrennand, na Oficina de Cerâmica Francisco Brennand, em Recife, Pernambuco e o MECAMaquiné, na Fazenda Pontal, em Maquiné, Rio Grande do Sul. De norte a sul do Brasil continental, fui atravessada pelas frequências culturais e sonoras que vibrei ao vivo no segundo semestre de 2019. Assino também a matéria sobre o projeto Polos de Cidadania, idealizado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Encabeçado por Gabriel Vilaça, um articulador social brumadinhense, o mapa dos sentimentos dos moradores da cidade vítima do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 2019, pela força da empatia e do afeto.
Para fechar com chave de ouro um dos ciclos de maior aprendizado e felicidade da minha vida profissional e pessoal, assino a primeira capa da minha vida na edição #29. Nela, o cantor e compositor carioca BNegão se faz presente. Na entrevista inspiradora, ele conta um tico sobre como se manter revolucionário e lúcido durante a pandemia – que chama de "mestrado da vida", além de dividir sobre seu processo criativo do novo projeto que revisita a obra do pródigo e úmido baiano Dorival Caymmi. Também me debruço sobre o protagonismo e a porosidade das fronteiras da arte digital em tempos de isolamento social numa reportagem mais-que-especial com declarações do MORI Building Digital Art Museum, primeiro do mundo a ser completamente digital, no Japão; Google Arts & Culture, Vanessa Louzon, Kristin MCWharter, Festival de Linguagens Eletrônicas (FILE) e Gisela Motta. Ainda pautei e cunhei os Lugares Que Amamos – agora não tão físicos assim - pelo Brasil e assino duas novas seções de respiros: o Inspire-se com Fabrizio Lenci e a Cuide de Todos, com iniciativas e projetos unidos pela solidariedade e esperança em tempos de pandemia.
A maioria das matérias, entrevistas, reportagens e listinhas também estão no meu Medium, com muito mais links e possibilidades responsivas.